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(Foto: Marcos Otero/Divulgação do filme da Loira do Banheiro lançado em Campinas) |
Essa lenda resistiu ao tempo por muitos anos, e até hoje mexe com a imaginação de muitas pessoas. A lenda da Loira do Banheiro é muito famosa em escolas, entre jovens e até adultos por gerações.
Agora vocês irão conhecer mais sobre essa história famosa em todo o Brasil.
A lenda da Loira do Banheiro se confunde com a história americana conhecida
como Bloody Mary(Maria Sangrenta) em muitos aspectos. Na verdade o mais certo é que seja mesmo uma versão nacional da lenda urbana americana.
Há tantas versões e variações da história que fica difícil conta-lá
em sua forma mais exata. Na verdade isso se deve ao fato da lenda ser muito popular,assim sendo adaptada por anos a cada região do país.
Em alguns lugares ela é conhecida como A Mulher Do Algodão, Mulher Do Espelho e também por outros nomes, mais as semelhanças entre as histórias são muitas.
Vamos contar duas versões da lenda urbana aqui no Brasil. As duas mais completas
A Lenda Da Loira Do Banheiro (Versão 1)
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Foto de Maria Augusta |
A figura que assusta nos banheiros escolares seria Maria Augusta, filha do visconde Francisco D'A Oliveira Borges, e de Amélia Augusta Cazal. Nascida em 1866 , teve uma vida privilegiada em Guaratinguetá.
Segundo reza a lenda Maria Augusta foi vítima de um casamento forçado (normal na época), aos quatorze anos com o Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues (21 anos mais velho que ela), em 1 de Abril de 1879, por motivos de mero interesse econômico do pai.
Devido a pouca idade de Maria Augusta e das diferenças entre ela e seu marido, ela resolve fugir na companhia de um titular do Império e alto ministro das finanças, indo residir em Paris na Rua Alphones de Neuville.
Em 1891, mais precisamente no dia 28 de Abril, Maria Augusta vem a falecer com apenas 26 anos de idade. As causas da sua morte são incertas, mais alguns dizem ser devido a uma Pneumonia, enquanto outros dizem que a causa foi uma Hidrofobia. Seu atestado de óbito desapareceu com os primeiros livros do cemitério dos Passos de Guaratinguetá, levando a verdade sobre a morte de Maria Augusta.
Segundo essa lenda, um espelho se quebrou no exato momento de sua morte na casa de seus pais e que seus pequenos objetos de valor foram trazidos dentro de seu tórax, quando foi conduzida de volta ao Brasil. E foram colocado algodões em seu corpo para evitar resíduos (Isso explica a Loira Do Algodão).
Também segundo a lenda, esses mesmos objetos foram roubados de seu corpo durante o transporte. Sua mãe também mandará construir, em homenagem a filha, uma capela no cemitério Municipal de Guaratinguetá, com os dizeres: "Eterno Amor Maternal". Assim que seu corpo chegou, sua mãe o colocou aberto a visitações públicas, e mesmo depois de algumas semanas ele se mantéu conservado, o que levou ela a se recusar a enterrar a filha.
Mais Maria Augusta teria visitado os sonhos da mãe pedindo para ser enterrada, já que não se considerava uma santa ou algo parecido, para ficar sendo exposta. Sua mãe então resolve atender seu pedido e sepulta-lá depois de muito relutar.
A casa onde Maria Lucia residiu, mais tarde se tornou um colégio estadual, onde dizem que suas aparições são frequentes.
Devido aos algodões colocados em sua boca e narinas, ela senti muita sede. Então visita os banheiros da escola, abrindo torneiras e tentando saciar sua sede. Muitos dizem que já viram ela andando pelos corredores da escola, e também de já terem visto seu reflexo, sempre de branco. Porém nenhuma das suas aparições causou mais do que medo, ninguém já mais disse que ela fez algum mal a alguém. Mais os relatos afirmam que é possível sentir seu perfume, o mesmo que usava na França, pelos corredores do colégio.
Há também quem diga ter visto no cemitério a sua figura aparecer, onde se encontram seus restos mortais.
A Lenda Da Loira Do Banheiro (Versão 2)
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Notícias sobre a Loira do Banheiro |
Nessa segunda versão a Loira Do Banheiro teria sido destaque de uma manchete de capa, no antigo jornal Notícias Populares em 1966, com o nome "Loira fantasma aparece em banheiro de escola".
Uma diretora teria afirmado ver a figura de outro mundo e surgiu na época até mesmo uma foto da tal Loira do Banheiro, que nada mostrava além de um borrão.
Isso causou um pânico geral na época, pois os alunos se recusavam a comparecer as escolas, sendo um problema até mesmo para a Secretaria de Educação.
No fim tudo foi desmentido e dito como fralde, mais a lenda já tinha criado uma proporção gigantesca, tanto que repercuti até nos dias de hoje.
A Brincadeira Nas Escolas:
Dizem que se você entrar no banheiro e repetir seu nome três vezes (Loira do Banheiro), ou dizer três palavrões em frente ao espelho você terá um encontro medonho com a Loira do Banheiro.
Há no entanto outras variações do que deve ser dito, em alguns casos você deve bater 3 vezes na porta da última cabine do banheiro falando também 3 vezes "Maria Sangrenta", "3 três palavrões" ou " Loira do Banheiro" para que o fantasma possa se manifestar. As vezes dizem, que algo de ruim pode acontecer a quem ousar fazer isso!
Mais essa lenda ronda as escolas por anos e já faz parte do folclore brasileiro, sendo sempre lembrada vez ou outra por alguém.
De qualquer forma, lembre-se de que toda história tem sua origem, que pode ser falsa, mais no entanto, também pode ser verdadeira. E você, acredita? Então da próxima vez que for no banheiro de uma escola pense nisso...
Extras:
22°49'7.27"S, 45°11'41.58"W Coordenadas da Escola Conselheiro onde foi feito o velório de Maria Augusta e onde acorreu sua primeira aparição
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